meu deus. senti cada palavra desse texto 🥲 cresci em uma casa com pais separados e até hoje carrego as cicatrizes disso. inclusive o seu ponto sobre perfeccionismo vai ser o tema do primeiro artigo que vou postar :) obrigada pelas palavras de novo, muito bom saber que não estou sozinha nessa 🫂
tenho certeza de que vc vai conseguir viver uma vida leve e boa apesar dessas cicatrizes! obrigada por ler e por comentar, fico mt feliz com isso. não estamos sozinhas 💌⭐️
que texto profundo! me identifiquei, mesmo que a minha casa não fosse/seja tão caótica, sempre tento não ser mais um peso que meus pais tenham que carregar, sempre fui amada, mas tinha certo medo que esse amor acabasse caso eu me tornasse um incomodo. Aprendi a ser a filha que não dá trabalho, sou irmã mais velha e aprendi que tenho que ser exelplo, tentar ser perfeita em tudo: se não sou incrivelmente boa em algo de primeira, logo abandono. Como ainda tenho só catorze anos, meu perfeccionismo fica nas minhas notas, simplesmente choro se elas não são perfeitas. obrigada Nalu, por me fazer se sentir compreendida!!
Outro ponto que me pega bastante neste assunto é que por tentar ser perfeita e não dar trabalho eu desenvolvi uma mania de querer agradar a todos. Eu me adaptava ao ambiente e nunca sentia que podia ser eu mesma.
Eu me identifiquei muito com esse texto. Cresci em uma casa com toda a minha família onde todos os dias haviam brigas, gritos e agressões. Minha mãe sempre descontou toda a raiva das brigas com a minha avó em mim, como se culpa fosse minha. Tudo isso piorou na adolescência quando a pouca atenção que eu recebia se jurou com a instabilidade financeira, além de eu carregar toda a culpa que eu achei que fosse minha eu não tinha dinheiro pra fazer absolutamente nada, a maioria das vezes a minha avó só conseguia dinheiro pro almoço e nada mais. Eu cresci esperando o dia de sair dessa casa e na esperança de ir pra tão longe que eles me esqueceriam.
Minha mãe sempre me falou que eu não deveria chorar e nem mostrar fraqueza pra ninguém (enquanto ela descontava a raiva dela em mim).
Eu tive que aprender a ser sozinha, eu aprendi a amar a escola, já que era o único lugar onde eu ficava longe de toda a minha família, eu cresci não apenas me machucando, mas machucando todos ao meu redor, eu sempre estive na defensiva com medo de discussões. Eu gostava de falar, mas com isso eu aprendi que meu silêncio me poupava e me fazia invisível, consequentemente eles me esqueceriam talvez? Não. Sempre busquei dormir a tarde toda depois da escola pra ter que evitar minha família a tarde.
Sempre me chamaram de insensível quando eu perguntavam se eu estava com saudade de fulano da minha família que viajou por 1 semana, eu falava que não, mas como eu sentiria falta de algum deles? Depois que eu cresci a única coisa que eu recebi foram palavras duras me chamando de: ingrata, cobrinha, igual a tua mãe, mimada, desgraça, infeliz e etc…eu cresci com o pensamento suicida como opção pra tudo, eu sempre abracei a morte como a única solução pra felicidade e para a paz.
Eu espero aguentar muito mais tempo, o suficiente pra sair dessa casa e ter uma vida feliz.
você percebe que tem uma criança interior machucada, quando começa a lembrar de coisas da sua infância em uma quinta qualquer, na cozinha, fazd algo p comer, e de repente, vc se percebe chorando pelo passado, é uma parada sinistra pq vc não lembra algumas coisas, mas sabe q algo aconteceu, sabe que foi doloroso e vc chora, não só por fora, mas chora com o seu coração, como se tivesse sendo apertando, literalmente, é horrível a sensação de lembrar do passado pelo qual vc n pode mudar, e é mais decepcionante ainda quando vc percebe que tem uma parte sua que não se curou
eu me vi nesse texto, inclusive estive pensando sobre isso na noite passada. Ainda durante a infância passei por uma sobrecarga emocional muito grande, naquela época a minha casa que deveria ser um lugar seguro se tornou um campo de guerra, por anos desejei do fundo da minha alma que meus pais se amasse, que parassem com as discussões e fossem felizes, inclusive por diversas vezes me via rezando pedindo pra Deus me levar e que em troca meus pais fossem felizes kkk na escola era um terror psicologico, nunca tive amigos, sempre fui isolada e isso aumentava mais a minha ansiedade, nao entendia muita coisa do que o professor passava e tambem nao tinha coragem de perguntar. Cresci muito isolada de todos e extremamente presente nas brigas diárias dentro de casa, sempre tentei ficar o mais quieta possivel para poder entender o que estava acontecendo ao meu redor, eu meio que "monitorava" a casa, sempre que ouvia meus pais brigando eu me preparava emocionalmente para o que estava por isso, sempre tentei me intrometer para que eles fizessem as pazes. Hoje com 20 anos tento lidar com isso infelizmente sem nenhuma ajuda psicologica, entretando eu vejo o quão dificil aquilo foi pra mim, uma criança que passou a sua infancia reprimindo sentimentos e se sentindo culpada, pelo menos hj tb sei que não fui a unica a passar por isso haha
você literalmente me descreveu nesse post, realmente nenhum sentimento é individual eu sinto mesmo que você só que no meu caso não havia discussões havia e há a falta de um pai que não se importa com a filha. Minha mãe sempre fez de tudo por mim e ainda de esforça para me dar o melhor mas ela não entende que se torna cansativo ter de ser a filha perfeita "mas sempre foste tão quietinha" "faizia as coisas tão perfeitinhas" sim, mas isso era no passado eu estou crescendo e quero simplesmente ser eu sem a pressão de ser perfeita e de ser sempre "a quietinha" mas é bom saber que não só eu com esse sentimento obrigada pelo seu texo
É impressionante as marcas que ter sido a criança que "nunca deu trabalho" deixa na gente. Compartilho desse mesmo sentimento de tentar lembrar da minha infância e não conseguir, esquecendo os maus e bons momentos desse tempo. Mas fico feliz por não estarmos sozinhas e aos poucos podermos nos "curar", de certa forma, de tudo isso que nos marcou tão profundamente.
Li esse texto com um nó na garganta e com lágrimas que cessaram em meus olhos. É horrível como vc cresce tão abalado com tudo, e msm sem viver naquele ambiente ainda senti tudo que viveu nele e morre (de medo), e cada escolha sua te remete ao passado, vc pensa, pensa e sempre acaba voltando a ser aquela criança que tinha medo..
Você me resumiu! Eu cresci tão rápido… comecei a ter medo do mundo e me proteger cada vez mais. Uma vez contei para minha mãe oque estava sentindo, ela virou para mim e me disse: Você parece uma adulta falando, quando que você criou tanta maturidade?
Isso me afetou. Percebi que não vivi a minha infância direito e nem a minha adolescência. Faço de tudo para viver melhor, mas é difícil.
me identifiquei com praticamente tudo que você escreveu! passei 8 anos sendo criada por meus pais que viviam em guerra e dos 8 aos 11 vivi em uma casa cheia de pessoas feridas que não sabiam criar uma criança que estava entrando pra adolescência. Também não lembro de quase nada de bom da minha infância e, às vezes, fico muito mal por lembrar que a vida toda, tive que ser forte e esquecer que eu era só uma criança.
No fim, só espero que, quando eu tiver uma filha, eu possa dá um lar seguro e em paz pra ela, que ela seja a criança que eu nunca pude ser:)
Passei minha vida inteira acreditando que tinha que ser perfeita, nunca soube dizer não, as pessoas deveriam gostar de mim pela versão idealizada da pessoa que não erra, e no final isso me custou caro. Não sei quem sou, vivo num lupe de medo de que me vejam de estragar algo, mas por pensar isso acabo estragando por pensar demais deixo de aproveitar a vida como ela é. A ideia de imperfeição sempre viveu na minha vida, foi e é difícil me despedir dessa versão. Aprendi a ser sozinha e não sei como é a vida de outro jeito.
meu deus. senti cada palavra desse texto 🥲 cresci em uma casa com pais separados e até hoje carrego as cicatrizes disso. inclusive o seu ponto sobre perfeccionismo vai ser o tema do primeiro artigo que vou postar :) obrigada pelas palavras de novo, muito bom saber que não estou sozinha nessa 🫂
tenho certeza de que vc vai conseguir viver uma vida leve e boa apesar dessas cicatrizes! obrigada por ler e por comentar, fico mt feliz com isso. não estamos sozinhas 💌⭐️
que texto profundo! me identifiquei, mesmo que a minha casa não fosse/seja tão caótica, sempre tento não ser mais um peso que meus pais tenham que carregar, sempre fui amada, mas tinha certo medo que esse amor acabasse caso eu me tornasse um incomodo. Aprendi a ser a filha que não dá trabalho, sou irmã mais velha e aprendi que tenho que ser exelplo, tentar ser perfeita em tudo: se não sou incrivelmente boa em algo de primeira, logo abandono. Como ainda tenho só catorze anos, meu perfeccionismo fica nas minhas notas, simplesmente choro se elas não são perfeitas. obrigada Nalu, por me fazer se sentir compreendida!!
sim, apenas sim!
Outro ponto que me pega bastante neste assunto é que por tentar ser perfeita e não dar trabalho eu desenvolvi uma mania de querer agradar a todos. Eu me adaptava ao ambiente e nunca sentia que podia ser eu mesma.
nós, filhas do caos, entendemos profundamente cada palavra deste texto. 🖤
Eu me identifiquei muito com esse texto. Cresci em uma casa com toda a minha família onde todos os dias haviam brigas, gritos e agressões. Minha mãe sempre descontou toda a raiva das brigas com a minha avó em mim, como se culpa fosse minha. Tudo isso piorou na adolescência quando a pouca atenção que eu recebia se jurou com a instabilidade financeira, além de eu carregar toda a culpa que eu achei que fosse minha eu não tinha dinheiro pra fazer absolutamente nada, a maioria das vezes a minha avó só conseguia dinheiro pro almoço e nada mais. Eu cresci esperando o dia de sair dessa casa e na esperança de ir pra tão longe que eles me esqueceriam.
Minha mãe sempre me falou que eu não deveria chorar e nem mostrar fraqueza pra ninguém (enquanto ela descontava a raiva dela em mim).
Eu tive que aprender a ser sozinha, eu aprendi a amar a escola, já que era o único lugar onde eu ficava longe de toda a minha família, eu cresci não apenas me machucando, mas machucando todos ao meu redor, eu sempre estive na defensiva com medo de discussões. Eu gostava de falar, mas com isso eu aprendi que meu silêncio me poupava e me fazia invisível, consequentemente eles me esqueceriam talvez? Não. Sempre busquei dormir a tarde toda depois da escola pra ter que evitar minha família a tarde.
Sempre me chamaram de insensível quando eu perguntavam se eu estava com saudade de fulano da minha família que viajou por 1 semana, eu falava que não, mas como eu sentiria falta de algum deles? Depois que eu cresci a única coisa que eu recebi foram palavras duras me chamando de: ingrata, cobrinha, igual a tua mãe, mimada, desgraça, infeliz e etc…eu cresci com o pensamento suicida como opção pra tudo, eu sempre abracei a morte como a única solução pra felicidade e para a paz.
Eu espero aguentar muito mais tempo, o suficiente pra sair dessa casa e ter uma vida feliz.
você percebe que tem uma criança interior machucada, quando começa a lembrar de coisas da sua infância em uma quinta qualquer, na cozinha, fazd algo p comer, e de repente, vc se percebe chorando pelo passado, é uma parada sinistra pq vc não lembra algumas coisas, mas sabe q algo aconteceu, sabe que foi doloroso e vc chora, não só por fora, mas chora com o seu coração, como se tivesse sendo apertando, literalmente, é horrível a sensação de lembrar do passado pelo qual vc n pode mudar, e é mais decepcionante ainda quando vc percebe que tem uma parte sua que não se curou
eu me vi nesse texto, inclusive estive pensando sobre isso na noite passada. Ainda durante a infância passei por uma sobrecarga emocional muito grande, naquela época a minha casa que deveria ser um lugar seguro se tornou um campo de guerra, por anos desejei do fundo da minha alma que meus pais se amasse, que parassem com as discussões e fossem felizes, inclusive por diversas vezes me via rezando pedindo pra Deus me levar e que em troca meus pais fossem felizes kkk na escola era um terror psicologico, nunca tive amigos, sempre fui isolada e isso aumentava mais a minha ansiedade, nao entendia muita coisa do que o professor passava e tambem nao tinha coragem de perguntar. Cresci muito isolada de todos e extremamente presente nas brigas diárias dentro de casa, sempre tentei ficar o mais quieta possivel para poder entender o que estava acontecendo ao meu redor, eu meio que "monitorava" a casa, sempre que ouvia meus pais brigando eu me preparava emocionalmente para o que estava por isso, sempre tentei me intrometer para que eles fizessem as pazes. Hoje com 20 anos tento lidar com isso infelizmente sem nenhuma ajuda psicologica, entretando eu vejo o quão dificil aquilo foi pra mim, uma criança que passou a sua infancia reprimindo sentimentos e se sentindo culpada, pelo menos hj tb sei que não fui a unica a passar por isso haha
Uau! Não sabia que precisava ler isso, realmente me pegou muito. ❤️🩹
me identifiquei tanto que dói.
você usa as palavras como se estivesse confortando alguém em um assunto difícil, amei obrigada! 💛
cara, que texto SENSACIONAL. obrigada por isso! além do seu texto, eu li alguns comentários e eu me senti abraçada e compreendida.
você literalmente me descreveu nesse post, realmente nenhum sentimento é individual eu sinto mesmo que você só que no meu caso não havia discussões havia e há a falta de um pai que não se importa com a filha. Minha mãe sempre fez de tudo por mim e ainda de esforça para me dar o melhor mas ela não entende que se torna cansativo ter de ser a filha perfeita "mas sempre foste tão quietinha" "faizia as coisas tão perfeitinhas" sim, mas isso era no passado eu estou crescendo e quero simplesmente ser eu sem a pressão de ser perfeita e de ser sempre "a quietinha" mas é bom saber que não só eu com esse sentimento obrigada pelo seu texo
É impressionante as marcas que ter sido a criança que "nunca deu trabalho" deixa na gente. Compartilho desse mesmo sentimento de tentar lembrar da minha infância e não conseguir, esquecendo os maus e bons momentos desse tempo. Mas fico feliz por não estarmos sozinhas e aos poucos podermos nos "curar", de certa forma, de tudo isso que nos marcou tão profundamente.
Li esse texto com um nó na garganta e com lágrimas que cessaram em meus olhos. É horrível como vc cresce tão abalado com tudo, e msm sem viver naquele ambiente ainda senti tudo que viveu nele e morre (de medo), e cada escolha sua te remete ao passado, vc pensa, pensa e sempre acaba voltando a ser aquela criança que tinha medo..
Você me resumiu! Eu cresci tão rápido… comecei a ter medo do mundo e me proteger cada vez mais. Uma vez contei para minha mãe oque estava sentindo, ela virou para mim e me disse: Você parece uma adulta falando, quando que você criou tanta maturidade?
Isso me afetou. Percebi que não vivi a minha infância direito e nem a minha adolescência. Faço de tudo para viver melhor, mas é difícil.
Tenho 15 anos, esse número me assusta.
me identifiquei com praticamente tudo que você escreveu! passei 8 anos sendo criada por meus pais que viviam em guerra e dos 8 aos 11 vivi em uma casa cheia de pessoas feridas que não sabiam criar uma criança que estava entrando pra adolescência. Também não lembro de quase nada de bom da minha infância e, às vezes, fico muito mal por lembrar que a vida toda, tive que ser forte e esquecer que eu era só uma criança.
No fim, só espero que, quando eu tiver uma filha, eu possa dá um lar seguro e em paz pra ela, que ela seja a criança que eu nunca pude ser:)
Eu precisava disso...
Passei minha vida inteira acreditando que tinha que ser perfeita, nunca soube dizer não, as pessoas deveriam gostar de mim pela versão idealizada da pessoa que não erra, e no final isso me custou caro. Não sei quem sou, vivo num lupe de medo de que me vejam de estragar algo, mas por pensar isso acabo estragando por pensar demais deixo de aproveitar a vida como ela é. A ideia de imperfeição sempre viveu na minha vida, foi e é difícil me despedir dessa versão. Aprendi a ser sozinha e não sei como é a vida de outro jeito.